domingo, 23 de julho de 2023

AGOSTINHO- AULAS

 




(Aulas; Paolo Cugini)

 

[1]

- Plotino mudou o modo de pensar de Agostinho. Oferecendo-lhe novas categorias que iriam romper os esquemas do seu materialismo.

  • A fé também oferece a Agostinho novos elementos      nascia o filosofo for na fé     a fé estimula e provável a inteligência. A inteligência não diminui a fé, mas a clarifica.    Is 7, 9 (devera roll p-40)

 

[2]  Problema em Agostinho não é o mundo mas o homem.

Agostinho propõe o problema do homem no concreto, do homem como individuo como pessoa. Com pessoa Agostinho torna-se protagonista da sua filosofia.

 

Plotino     fala da alma em abstrato, em geral.

     Nunca falou de si mesmo.

 

Agostinho é nas tensões intimas e lacerações de sua vontade posta em confronto com a vontade de Deus, que Agostinho descobre o eu. (confissões p 62; 73; 139; 142; 147; 174; 176; 223).

 

Novidade     o homem interior é imagem de Deus e da Trindade. Deus se espalha na alma. E a alma e Deus são os pilares da filosofia cristã de Agostinho.

 

[3] A verdade e a iluminação

Como é que o homem chega a verdade?

Se falhar, rum      se duvido, existo e estou certo de pensar.

 

Etapas do processo coletivo:

 

a)      Na sensação o corpo é passivo e a alma ativa (cl texto).

b)      A alma mostra a sua autonomia em relação as coisas corpóreas à medida que as julga com a razão.

- Os critérios segundo os quais a alma a julga são imutáveis e perfeitas    isto se torna evidente quando julgamos os objetos sensíveis com critérios matemáticos, ou astéticos, ou éticos.

c) De onde a alma deriva esses critérios? Também a alma é imutável, logo não é ela que os produz – Então é necessário concluir que, acima de nossa mente existe uma lei      verdade    é a medida de todas as coisas.

d) essa realidade que captamos com o puro “intelecto” é constituída pelas idéias.

Agostinho reforma Platão, em 2 pontos:

1)      Faz idéias os pensamentos de Deus.

2)      Rejeita a doutrina da reminiscência    ele a repensa ex novo.

 

 

      Iluminação: Platão    as almas humanas contemplaram as idéias antes de encarnar-se nos corpos e depois se recordam delas na experiência concreta.

 

     Agostinho: a suprema verdade de Deus é uma espécie de luz que ilumina a mente humana no ato do conhecimento, permitindo-lhe captar as idéias, entendidas como as verdades eternas presentes na própria mente divina.

 

   Agostinho: só a mens, a parte mais elevada da alma chega ao conhecimento das Idéias.

 

    Só a alma santa e pura capta a verdade.

 

 

 

[4] Deus

A demonstração da existência da certeza e da verdade coincide com a demonstração da existência de Deus.

 

                  1)partindo das características de perfeição do mundo, remota ao seu artéfice.

Provas       2)Consensus gentium – toda espécie humana confessa que Deus é criador do          mundo.

                  3)diversos graus de bem até chegar ao Dom – Deus.   

 

- Agostinho demonstra a existência de Deus para amá-lo. (cf confissões). Ser, verdade, Bem (e Amor) são os atributos essenciais de Deus para Agostinho.

- É impossível para o homem uma definição da natureza de Deus.

 

[5] Trindade

a) conceito básico – identidade substancial dos três pessoas, e não são hierarquicamente distinguíveis.

 

Deus é               Pai

                          Filho                       Eles são inseparáveis no Ser e operam inseparavelmente.

                          Espírito Santo

 

    Não tem diferença hierárquica, antológica nem de funções      a Trindade é o único verdadeiro Deus.

b) Agostinho realiza a distinção entre as pessoas com base no conceito de realização. Para Agostinho cada um das três pessoas é distinta das outras, não antologicamente # - o Pai tem o Filho, mas não é o Filho. E o Filho tem o Pai, mas não é o Pai. Mesmo se diga de Esp.

Tais atribulações não pertencem a dimensão do ser, mas da relação.

 

c)      Analogias triódicas  que Agostinho descobre no criado.

Todas as coisas criadas apresentam             unidade

                                                                      Forma

                                                                      Ordem

Mente humana                é mente

                                        Conhece-se a si mesma

                                        Ama-se a si mesma

 

As analogias triodicas são como vestígios deixados pela Trindade.

 

- Conhecimento do homem e conhecimento de Deus Uno - Trino iluminou-se mutuamente.

 

 

[6] Doutrina da criação

Problema dos antigos: por que e como os múltiplos, derivaram do Uno? Por que do Ser nasceu o devir?

 

Platão – Timeu –demiurgo

Real: acima do demiurgo está o mundo das idéias abaixo está a matéria informe (eterna como as idéias e como o domingo).

 

- a obra de domingo não é de criação, mas sim de fabricação.

Agostinho – A criação das coisas se dá a do nada (ex nililo).

 

- não da substancia de Deus nem de algo que preexistia.

Uma realidade pode derivar de outra de três modos:

a)      por geração – deriva da própria substância do gerador.

b)      Por fabricação

c)      Por criação: a partir do nada

 

Deus “gera”da sua própria substancia o Filho que é idêntico ao Pai, ao passo que “cria” o cosmo do nada.

A diferença entre geração e a criação

- criar é ato livre, gratuito, é dom divino.

- ao criar o mundo do nada, Deus criou, juntamente com o mundo, o próprio tempo.    o tempo está estruturalmente ligado ao movimento. Não há movimento antes do mundo.

 

[7] Doutrina das idéias e das razões seminais

Deus criou o mundo conforme a razão. Criou cada coisa conforme um modelo que ele próprio produziu como seu pensamento e as idéias. São estes pensamentos – modelo de Deus e como tais são verdadeiras

Realidade, ou seja, eternas e imutáveis.

 

Teoria das razões seminis: A criação do muno ocorre de modo simultâneo. Mas Deus não cria a totalidade das coisas possíveis como já concretizados: ele insere no criado as “sementes” de “germes” de todas as coisas possíveis.

A evolução do mundo é a realização de tais razões seminais, e então, um prolongamento de ação criadora (ler texto p 111).

 

[8] A eternidade e o tempo

Tempo é criação de Deus. (confissões p 335)

Tempo e eternidade são duas dimensões incomensuráveis.

 

Tempo: implica passado, presente e futuro.

[...]

Existe no espírito do homem, pois é no espírito do homem que se mantém presente tanto o passado como o presente e o futuro.

 

Não está no movimento, mas na alma.

Presente         do passado – memória

                      do presente – intuição

                      do futuro – espera

 

[9 ]  O Mal

 

Encontra em Plotino a resposta – o mal não é um ser, mas deficiência e privação do ser.

a)      Plano metafísico: não existe mal no cosmo, mas apenas graus inferiores de ser em relação a Deus. (...)

b)      Plano moral: é o pecado – depende da má vontade – é escolha de eu ser inferior ao invés de ser impuro

c)      Plano físico: doença – conseqüência de pecado original.

 

[10] Vontade, liberdade, graça

A liberdade é própria da vontade e não da razão.

 

Contra Sócrates: A razão pode conhecer o bem e a vontade rejeitando, pois, a vontade é uma faculdade diferente da razão.

 

O arbítrio da vontade é verdadeiramente livre quando não faz o mal.

Depois do pecado original a vontade se corrompem tornando-se necessidade da graça divina.

 

Conseqüência – o homem não pode ser autárquico em sua vida moral.

O homem é vencido pelo pecado – liberta-se do pecado só com a graça e com a livre escolha dessa graça.

Mal: amor a si mesmo

Bem: amor a Deus

 


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