(Aulas; Paolo Cugini)
[1]
- Plotino mudou
o modo de pensar de Agostinho. Oferecendo-lhe novas categorias que iriam romper
os esquemas do seu materialismo.
- A fé também
oferece a Agostinho novos elementos
nascia o filosofo for na fé
a fé estimula e provável a inteligência. A inteligência não diminui
a fé, mas a clarifica. Is 7, 9
(devera roll p-40)
[2]
Problema em Agostinho não é o mundo mas o homem.
Agostinho propõe o
problema do homem no concreto, do homem como individuo como pessoa. Com pessoa
Agostinho torna-se protagonista da sua filosofia.
Plotino fala da alma em abstrato, em geral.
Nunca falou de si mesmo.
Agostinho é nas tensões intimas e lacerações de sua vontade posta em
confronto com a vontade de Deus, que Agostinho descobre o eu. (confissões p 62;
73; 139; 142; 147; 174; 176; 223).
Novidade o homem interior é imagem de Deus e da
Trindade. Deus se espalha na alma. E a alma e Deus são os pilares da filosofia
cristã de Agostinho.
[3] A verdade e a
iluminação
Como é que o homem
chega a verdade?
Se falhar, rum se duvido, existo e estou certo de
pensar.
Etapas do processo
coletivo:
a)
Na sensação o corpo é passivo e
a alma ativa (cl texto).
b)
A alma mostra a sua autonomia
em relação as coisas corpóreas à medida que as julga com a razão.
- Os critérios
segundo os quais a alma a julga são imutáveis e perfeitas isto se torna evidente quando julgamos os
objetos sensíveis com critérios matemáticos, ou astéticos, ou éticos.
c) De onde a alma
deriva esses critérios? Também a alma é imutável, logo não é ela que os produz
– Então é necessário concluir que, acima de nossa mente existe uma lei verdade
é a medida de todas as coisas.
d) essa realidade que
captamos com o puro “intelecto” é constituída pelas idéias.
Agostinho reforma
Platão, em 2 pontos:
1)
Faz idéias os pensamentos de
Deus.
2)
Rejeita a doutrina da
reminiscência ele a repensa ex novo.
Iluminação: Platão as almas humanas contemplaram as idéias
antes de encarnar-se nos corpos e depois se recordam delas na experiência
concreta.
Agostinho: a
suprema verdade de Deus é uma espécie de luz que ilumina a mente humana no ato
do conhecimento, permitindo-lhe captar as idéias, entendidas como as verdades
eternas presentes na própria mente divina.
Agostinho: só a mens, a
parte mais elevada da alma chega ao conhecimento das Idéias.
Só a alma santa e pura
capta a verdade.
[4] Deus
A demonstração da
existência da certeza e da verdade coincide com a demonstração da existência de
Deus.
1)partindo das
características de perfeição do mundo, remota ao seu artéfice.
Provas 2)Consensus gentium – toda espécie
humana confessa que Deus é criador do
mundo.
3)diversos graus de bem até
chegar ao Dom – Deus.
- Agostinho demonstra
a existência de Deus para amá-lo. (cf confissões). Ser, verdade, Bem (e Amor)
são os atributos essenciais de Deus para Agostinho.
- É impossível para o
homem uma definição da natureza de Deus.
[5] Trindade
a) conceito básico – identidade
substancial dos três pessoas, e não são hierarquicamente distinguíveis.
Deus é Pai
Filho Eles são inseparáveis no
Ser e operam inseparavelmente.
Espírito Santo
Não tem diferença hierárquica, antológica
nem de funções a Trindade é o único
verdadeiro Deus.
b) Agostinho realiza a distinção entre as
pessoas com base no conceito de realização. Para Agostinho cada um das três
pessoas é distinta das outras, não antologicamente # - o Pai tem o Filho, mas
não é o Filho. E o Filho tem o Pai, mas não é o Pai. Mesmo se diga de Esp.
Tais atribulações não pertencem a
dimensão do ser, mas da relação.
c)
Analogias triódicas que Agostinho descobre no criado.
Todas as coisas
criadas apresentam unidade
Forma
Ordem
Mente humana é mente
Conhece-se a si mesma
Ama-se
a si mesma
As analogias triodicas são como vestígios
deixados pela Trindade.
- Conhecimento do homem e conhecimento de
Deus Uno - Trino iluminou-se mutuamente.
[6] Doutrina da criação
Problema dos antigos: por que e como os
múltiplos, derivaram do Uno? Por que do Ser nasceu o devir?
Platão –
Timeu –demiurgo
Real: acima do demiurgo está o mundo das
idéias abaixo está a matéria informe (eterna como as idéias e como o domingo).
- a obra de domingo não é de criação, mas
sim de fabricação.
Agostinho – A criação das coisas se dá a
do nada (ex nililo).
- não da substancia de Deus nem de algo
que preexistia.
Uma realidade pode derivar de outra de
três modos:
a)
por geração – deriva da própria substância do gerador.
b)
Por fabricação
c)
Por criação: a partir do nada
Deus “gera”da sua própria substancia o
Filho que é idêntico ao Pai, ao passo que “cria” o cosmo do nada.
A diferença entre geração e a criação
- criar é ato livre, gratuito, é dom
divino.
- ao criar o mundo do nada, Deus criou,
juntamente com o mundo, o próprio tempo.
o tempo está estruturalmente ligado ao movimento. Não há movimento antes
do mundo.
[7] Doutrina das idéias e das razões
seminais
Deus criou o mundo conforme a razão.
Criou cada coisa conforme um modelo que ele próprio produziu como seu
pensamento e as idéias. São estes pensamentos – modelo de Deus e como tais são
verdadeiras
Realidade, ou seja, eternas e imutáveis.
Teoria das razões seminis: A criação do
muno ocorre de modo simultâneo. Mas Deus não cria a totalidade das coisas
possíveis como já concretizados: ele insere no criado as “sementes” de “germes”
de todas as coisas possíveis.
A evolução do mundo é a realização de
tais razões seminais, e então, um prolongamento de ação criadora (ler texto p
111).
[8] A eternidade e o tempo
Tempo é criação de Deus. (confissões p
335)
Tempo e eternidade são duas dimensões
incomensuráveis.
Tempo: implica passado, presente e
futuro.
[...]
Existe no espírito do homem, pois é no
espírito do homem que se mantém presente tanto o passado como o presente e o
futuro.
Não está no movimento, mas na alma.
Presente do passado – memória
do presente – intuição
do futuro – espera
[9 ]
O Mal
Encontra em Plotino a resposta – o mal
não é um ser, mas deficiência e privação do ser.
a)
Plano metafísico: não existe mal no cosmo, mas apenas graus inferiores de ser em
relação a Deus. (...)
b)
Plano moral: é o pecado – depende da má vontade – é escolha de eu ser inferior
ao invés de ser impuro
c)
Plano físico: doença – conseqüência de pecado original.
[10] Vontade, liberdade, graça
A liberdade é própria da vontade e não da
razão.
Contra Sócrates: A razão pode conhecer o
bem e a vontade rejeitando, pois, a vontade é uma faculdade diferente da razão.
O arbítrio da vontade é verdadeiramente
livre quando não faz o mal.
Depois do pecado original a vontade se
corrompem tornando-se necessidade da graça divina.
Conseqüência – o homem não pode ser
autárquico em sua vida moral.
O homem é vencido pelo pecado –
liberta-se do pecado só com a graça e com a livre escolha dessa graça.
Mal: amor a si mesmo
Bem: amor a Deus
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