quinta-feira, 7 de março de 2024

MATRIARCADO




MATRIARCADO[1]

 

Matriarcado (do grego antigo μητέρος, translit. metéros: "mãe"; e ἀρχή, translit. arché: "origem", ou "regra") é uma forma de organização social em que a mulher-mãe tem uma posição dominante na família e na comunidade. Há um termo diferente para 'governo ou domínio da mulher' - ginecocracia (em grego, γυναικοκρατία), algumas vezes citado como 'ginocracia'.

Em algumas culturas, a mulher é líder da família, e a transmissão de bens, assim como do poder tribal, se faz através dos membros do sexo feminino do grupo. Na dimensão religiosa, muitas vezes o matriarcado tem sido associado à adoração de divindades femininas da fertilidade e da maternidade (ver Deusa Mãe).

James Frazer, J. J. Bachofen, Walter Burkert, Robert Graves, James Mellaart e Marija Gimbutas desenvolveram a teoria segundo a qual todas as divindades da Europa e da bacia do Mar Egeu são oriundas de uma deusa matriarca pré-indo-europeia ou proto-indo-europeia (Neolítico). Segundo esses estudiosos, a religião da Deusa mãe era a base de toda a Pré-história e das civilizações antigas, e a Deusa seria o fundamento sócio-religioso do matriarcado.

Na mitologia nórdica existem referências às sociedades matriarcais, como as Elvens e povos pré-históricos que habitaram as regiões da Escandinávia. Estudos pré-históricos dos povos nórdicos, especialmente da Suécia são escassos e dificultam a identificação de uma sociedade matriarcal comprovada cientificamente. Algumas teorias dizem que o uso de armas duplas (dual wield) foram desenvolvidos especialmente para mulheres, pela dificuldade de carregar escudos muito pesados.

Matriarcado seria um sistema social no qual a mãe ou a mulher exerce autoridade absoluta sobre a família ou um grupo; por extensão, matriarcado, também pode ocorrer quando uma ou mais mulheres (como num conselho) exercem poder sobre uma comunidade.

Deusa-Mãe é o nome associado a Deusas que em muitas culturas matriarcais é vista como criadora de toda a vida. Por vezes associadas à Mãe Terra, devido ao fato da terra ser vista como sagrada por gerar os alimentos (assim sendo, a que nutre). Também é associada a natureza, os mares e a fertilidade; geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Conhecidas como qadesh (sagrado) na maioria das civilizações pagãs as Deusas são criadoras do Universo, geram a vida, a cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita, resultando numa complexa estrutura teológica, tais como: a Deusa hindu Sarasvati, honrada como inventora do alfabeto original; a Deusa celta da Irlanda, Brígida, honrada entre os celtas como Deusa da linguagem; Deusa Nidaba da Suméria (civilização tradicionalmente definida como berço da cultura da escrita), como aquela que inicialmente inventou a escrita cuneiforme e a arte da escrita (a escriba oficial da Suméria também era uma mulher: Enheduana). 

Origem do termo

O termo refere-se a uma religião pagã universa de divindade feminina e seu culto remonta ao início da história humana, como pode ser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto à Deusa ou Deusa-Mãe foi observado inicialmente na Pré-história (Paleolítico e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao Reino da Frígia, aonde ficou mais conhecida como Cibele, e daí às civilizações grega, romana, egípcia e babilônia onde consolidou-se um enorme panteão de Deusas. A existência do culto em várias culturas não-frígias evidencia no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à Deusa Reia.



[1] Fonte: Wikipedia 

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