quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A PASTORAL COMO AÇÃO EM FAVOR DA VIDA EM ABUNDÂNCIA

 




 

A ação pastoral precisa ser uma ação transformadora, geradora de vida, humanizadora, dado que o divino é plenitude do humano.

Ação pastoral implica contato direto do cristão com sua própria realidade pessoal, familiar, eclesial, social, sobretudo em tempos de tendencia a transformar o real em virtual.

Sobrino: os cristãos não podem perder de vista o real da realidade.

Casaldaliga: evangelizar é antes de tudo não ignorar.

Brighenti: Isso questiona certas leituras orantes sem contato com a vida, fazendo da Palavra de Deus mais um anestésico para a consciência de que uma interpelação a cuidar, defender e promover a vida.

Precisamos sempre lembrar que a ressureição de Jesus está interligada a sua encarnação. Para responder aos novos desafios hoje apresenta-se o imperativo de uma evangelização integral e integradora. A revelação professa uma antropologia unitária. Salvação e ressurreição incluem o corpo e a obra da criação e implicam uma evangelização integradora.

CNBB: quatros exigências- testemunho, diálogo, anúncio e vida comunitária. A evangelização começa com o testemunho. É, de fato, o testemunho que abre o interlocutor para o diálogo. A fé cristã não consiste em um novo modo de ver, mas de agir.

Bento XVI (discurso inaugural Aparecida): a fé cristã não é uma fuga no intimismo, no individualismo religioso, uma fuga da realidade para o mundo espiritual. A conversão do discípulo é em vista de uma missão no mundo, pois a Igreja existe para o mundo. Daí o compromisso com a mudança das estruturas.

O ponto de chegada da evangelização não é a Igreja.

Paolo VI (Evangelii Nuntiandi, 31): entre evangelização e promoção humana existem laços profundos. O plano da redenção está para a evangelização.

Aparecida, 399: a obra da evangelização leva á autêntica libertação, integral, abarcando a pessoa inteira e todas as pessoas.

Nessa altura é notável a preocupação dos Padres pelos pobres na Igreja. Optar pelos pobres significa fazer do excluído não um objeto de caridade, mas sujeito de sua própria libertação, ensinando-lhe a ajudar-se a si mesmo (Med 14,10). Uma ação pastoral cuja finalidade seja a vida do povo, precisa levar os cristãos a se situarem dentro da sociedade.

Concilio Vaticano II: embora a Igreja não seja deste mundo, ela está no mundo e existe para a salvação do mundo, para ser nele sacramento do Reino de Deus, que é sua meta. Não é o mundo que está na Igreja, mas é a Igreja que está no mundo. O mundo é constitutivo da Igreja.

O ecclesiocentrismo pré-conciliar, além de eclipsar o Reino de Deus, não respeitava a autonomia das realidades temporais.

A ação pastoral além de levar os cristãos a se inserirem no mundo, precisa prepará-los, também para assumir as contradições de seu próprio contexto.

Nessa altura é interessante ler e meditar o pacto das Catacumbas realizado no CV II.

 

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