A ação pastoral precisa ser uma ação transformadora, geradora
de vida, humanizadora, dado que o divino é plenitude do humano.
Ação pastoral implica contato direto do cristão com
sua própria realidade pessoal, familiar, eclesial, social, sobretudo em tempos de
tendencia a transformar o real em virtual.
Sobrino: os cristãos não podem perder de vista o real da
realidade.
Casaldaliga: evangelizar é antes de tudo não ignorar.
Brighenti: Isso questiona certas leituras orantes sem contato com
a vida, fazendo da Palavra de Deus mais um anestésico para a consciência de que
uma interpelação a cuidar, defender e promover a vida.
Precisamos sempre lembrar que a ressureição de Jesus
está interligada a sua encarnação. Para responder aos novos desafios hoje
apresenta-se o imperativo de uma evangelização integral e integradora. A
revelação professa uma antropologia unitária. Salvação e ressurreição incluem o
corpo e a obra da criação e implicam uma evangelização integradora.
CNBB: quatros exigências- testemunho, diálogo, anúncio e vida comunitária. A
evangelização começa com o testemunho. É, de fato, o testemunho que abre o
interlocutor para o diálogo. A fé cristã não consiste em um novo modo de ver,
mas de agir.
Bento XVI (discurso inaugural Aparecida): a fé cristã não é uma
fuga no intimismo, no individualismo religioso, uma fuga da realidade para o
mundo espiritual. A conversão do discípulo é em vista de uma missão no mundo,
pois a Igreja existe para o mundo. Daí o compromisso com a mudança das
estruturas.
O ponto de chegada da evangelização não é a Igreja.
Paolo VI (Evangelii Nuntiandi, 31): entre evangelização
e promoção humana existem laços profundos. O plano da redenção está para a
evangelização.
Aparecida, 399: a obra da evangelização leva á autêntica libertação,
integral, abarcando a pessoa inteira e todas as pessoas.
Nessa altura é notável a preocupação dos Padres pelos
pobres na Igreja. Optar pelos pobres significa fazer do excluído não um objeto
de caridade, mas sujeito de sua própria libertação, ensinando-lhe a ajudar-se a
si mesmo (Med 14,10). Uma ação pastoral cuja finalidade seja a vida do povo,
precisa levar os cristãos a se situarem dentro da sociedade.
Concilio Vaticano II: embora a Igreja não seja deste mundo, ela está no
mundo e existe para a salvação do mundo, para ser nele sacramento do Reino de
Deus, que é sua meta. Não é o mundo que está na Igreja, mas é a Igreja que está
no mundo. O mundo é constitutivo da Igreja.
O ecclesiocentrismo pré-conciliar, além de eclipsar o
Reino de Deus, não respeitava a autonomia das realidades temporais.
A ação pastoral além de levar os cristãos a se
inserirem no mundo, precisa prepará-los, também para assumir as contradições de
seu próprio contexto.
Nessa altura é interessante ler e meditar o pacto das
Catacumbas realizado no CV II.
Nenhum comentário:
Postar um comentário