terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A PASTORAL NA TEOLOGIA

 


 

(anotações de Paolo Cugini sobre o texto:

 BRIGHENTI, A. Teologia Pastoral. A inteligencia reflexa da ação evangelizadora. Vozes: Petrópolis, 2021.

A pastoral é ação pensada.

O divórcio entre ação eclesial e teologia no início da Idade Media tinha reduzido a pastoral a uma pragmática.

A Teologia Pastoral deve muito ao Concilio Vaticano II com a sua volta as fontes.

A pastoral passa a ser a ação de todos os batizados e não apenas do clero.

Pastoral: serviço dos cristãos fundado no conteúdo da fé está presente desde o início da Igreja.

Textos antigos:

·      Didaqué

·      Pastor de Hermas

·      Tradição Apostólica (Hipólito)

·      De catequizandis rudibus (Agostinho)

·      Liber regulae pastoralis (Gregório Magno)

 

Na idade Média a ação pastoral se torna algo específico do clero, pois o padre era considerado alter Christus.

 

Evangelização: esta ideia provoca a exigência de uma pastoral integral. Provoca a necessidade de ampliar o raio de ação da pastoral.

Evangelizar tem a ver com o anúncio da boa notícia. O termo não aparece no Novo Testamento.

N.T.: evangelizar é anunciar e levar á pratica o Evangelho ou a salvação de Jesus Cristo que acontece com a inauguração do Reino de Deus.

O termo evangelização foi utilizado pela primeira vez pelo teólogo protestante A. Duff em 1854. Até o XX o termo ficou restrito ao mundo protestante.

Evangelização: consciência que é no coração do Evangelho que está a obra de Jesus; é o anúncio do Reino de Deus que se faz presente no meio de nós.

Foi a consciência da pastoral como evangelização integral que permitiu superar o limite histórico de reduzi-la ao culto e á sacramentalização.

 

Pastoral e missão

Missão: envio do cristão ao mundo. A missão de Jesus se prolonga na missão de sei próprios enviados.  O missionário é um enviado por alguém a alguém.

Missão com o tempo adquiriu uma conotação proselitista e ecclesiocentrica. O CVII substituiu missão com evangelização.

Evangeli Nuntiandi de Paolo VI: a Igreja existe para evangelizar, que consiste a levar a Boa Nova a toda a humanidade, para transformá-la a partir de dentro. Ev. É dar testemunho de Jesus.

No contexto da renovação do CV II a pastoral, enquanto ação pensada, está respaldada na teologia que confere a esta uma dimensão pastoral. Neste novo contexto é o povo de Deus o sujeito da pastoral. O CV II resgatou a ideia da igreja como povo de Deus, fundada sobre a ideia de uma radical igualdade e dignidade de todos e todas os batizados (LG 32). Todos os ministérios se fundam no único batismo (LG 14b).

É do tria munera que brotam todos os ministérios (LG 12).

A relação de leigos e leigas com a Igreja não se dá pela participação no ministério hierárquico, mas no tríplice múnus da Igreja, que caracteriza a vida cristã de todo batizado.

O compromisso cristão começa em casa e na comunidade cristã de pertença. Além disso é o mundo o lugar  por excelência da ação de todos os batizados.

O CV II faz da Diocese o lugar da pastoral e insere a paroquia no seio de uma pastoral orgânica e de conjunto (AA 10b). Cf. específico da América Latina: CEBs.

Igreja local, paróquia, Cebs são lugar da pastoral, mas não um lugar fechado como se a Igreja bastasse a si mesma, pois a Igreja está no mundo. 

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