Paolo Cugini
Epoché:
a. suspender, neutralizar um determinado posicionamento dogmático em relação ao mundo, a fim de dirigir o olhar expressa e diretamente para o fenomenologicamente dado, para os objetos e como exatamente eles aparecem. Só desta maneira o ser do mundo se monstra acessível.
b. Possibilitar uma investigação do mundo que possa desentranhar seu sentido propriamente dito.
c. Designação para a nossa suspensão do posicionamento metafisico ingênuo e pode ser considerada como a porta de entrada da filosofia.
Redução transcendental: a epoché é condição de possibilidade da redução.
Tanto a epoché quanto a redução podem ser consideradas como momentos de uma reflexão transcendental, que nos liberta do nosso dogmatismo natural e que nos traz a consciência a nossa própria parcela constitutiva.
O posicionamento fenomenológico nos torna conscientes da dação do objeto. Mas nós mesmo também despontamos como aqueles para os quais os objetos aparecem. Epoché e redução não nos sequestram e nos levam para além do mundo e de deus objetos, mas elas nos permitem precisamente sondá-los de uma maneira nova e surpreendente, em sua aparição ou manifestação para a consciência.
Heidegger: a existência humana é caracterizada por sua tendencia para o autoconhecimento e para a auto objetivação: nós tendemos a deixar que nossa autocompreensão seja marcada e configurada por nossa compreensão do objeto.
As mesmas categorias que nós usamos para a descrição e explicação de objetos e eventos intramundanos, nós também empregamos para a compreensão de nós mesmos.
A fenomenologia pode ser designada como um desafio para a luta feito contra esse auto esquecimento nivelador.
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