Síntese: Paolo Cugini
Fenomenologia: ciência dos fenômenos.
Fenômeno: é o modo como se mostra o objeto imediatamente, como ele é aparente. É como o objeto nos aparece, como ele se apresenta à nossa visão, não como ele é em si mesmo.
Heidegger: é preciso compreender o fenômeno como o modo de aparição do próprio objeto. O fenômeno é aquilo que se mostra por ele mesmo, o que se manifesta, o que se revela.
Fenomenologia: análise filosófica dos diversos modos de aparição e como uma investigação reflexiva das estruturas compreensivas, que permitem aos objetos se mostrarem como aquilo que eles são.
Há diferencias substanciais entre os modos de aparição, por exemplo, de uma coisa física, de um objeto de uso, de uma obra de arte, de uma melodia, de um estado de coisas, de um número ou de uma relação social. Nesse caso o objeto pode aparecer de maneiras muito diversas: segundo esse ou aquele aspecto, em uma iluminação fraca ou forte, como percebido, imaginado ou lembrado, posto em dúvida ou comunicado.
O objeto pode ser dado de maneira mais ou menos direta, pode estar mais ou menos presente.
O de aparição modo mais baixo e mais pobre de um objeto é formado pelos atos significativos. Os atos imaginativos são dotados de um conteúdo intuitivo.
O ato significativo intenciona o objeto por meio de uma representação casual, o ato imaginativo por meio de uma representação que possui certa semelhança com o objeto.
Característico para a fenomenologia é a concepção de que o mundo, tal como ele aparece para nós, seria o mundo unicamente real e afetivo. A fenomenologia rejeita de maneira categórica a doutrina dos dois mundos.
Fenomenologos não pretendem suspender a distinção entre aparição e realidade efetiva. Todavia, para eles não se trata de duas regiões diversas, mas de uma diferenciação interna, que pertence ao mundo aparente enquanto tal.
A realidade de um objeto não é buscada na frente ou atrás de sua aparição como se essa aparição fosse de algum modo esconder o objeto efetivamente real.
A fenomenologia não é uma teoria da mera aparição, pois fenômenos não são meros fenômenos.
Importante: o tipo essencial propriamente dito do objeto não se encontra em algum lugar velado por detrás dos fenômenos, mas se desdobra precisamente neles.
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