Rio de
Janeiro: Intrinseca, 2023.
[Anotações]
A principal tese do livro: Capitalismo e Liberdade,
de Milton Friedman, é que o capitalismo competitivo é uma condição
necessária para a liberdade política. Lançado em 1962, a obra apresenta uma
defesa do liberalismo, argumentando que a organização da atividade econômica
por meio do livre mercado é a forma mais eficaz de proteger a liberdade
individual.
Liberdade econômica como base da liberdade política
- Conexão inevitável: Friedman critica a visão de que política e economia são esferas
separadas. Ele argumenta que o controle econômico nas mãos do governo leva
inevitavelmente ao controle político, e que o livre mercado funciona como
uma descentralização do poder que impede a concentração de controle
político.
- Mercado competitivo: O autor defende que, em um sistema capitalista de livre
concorrência, o indivíduo pode exercer sua liberdade econômica, o que
reforça sua liberdade política. A possibilidade de fazer acordos
voluntários e mutuamente benéficos sem a intervenção governamental
excessiva é fundamental.
Papel limitado do governo
O livro descreve um papel restrito, mas essencial,
para o governo em uma sociedade livre.
- Árbitro das regras: O governo deve atuar como um árbitro, estabelecendo e fazendo
cumprir as regras do jogo econômico, como os direitos de propriedade.
- Evitar a tirania: É papel do governo proteger a liberdade dos indivíduos uns contra
os outros, mas também proteger os próprios cidadãos da tirania do governo.
- Provedor de bens públicos: Friedman reconhece que o governo pode ser
necessário para fornecer bens e serviços que não seriam oferecidos de
forma eficiente pelo mercado, como defesa nacional.
Crítica à intervenção estatal
Friedman é crítico em relação às políticas de
intervencionismo e bem-estar social, que, segundo ele, têm efeitos negativos
não intencionais e acabam por corroer as liberdades individuais.
- Educação: Ele propõe o uso de vouchers (vales) para
financiar a educação, permitindo que as famílias escolham escolas privadas
em vez de se limitarem a escolas públicas. A ideia é criar concorrência
para melhorar a qualidade do ensino.
- Licenciamento de profissões: Friedman critica o licenciamento profissional,
argumentando que ele restringe a concorrência e limita a liberdade dos
indivíduos de exercerem suas profissões, além de não necessariamente
garantir maior qualidade.
- Política monetária: Ele defende o monetarismo, teoria que sugere que a inflação é
sempre um fenômeno monetário e que um aumento constante e moderado na
oferta de moeda é mais eficaz do que mudanças bruscas.
A responsabilidade social das empresas
Embora não seja o foco principal de Capitalismo
e Liberdade, uma das ideias mais conhecidas de Friedman é que a
única responsabilidade social de uma empresa é maximizar o lucro para seus
acionistas, operando dentro das regras do jogo. Isso se alinha com a sua
defesa de um mercado livre de intervenções e de propósitos sociais impostos
externamente.
Artigo de Lucas Berlanza
Fonte: https://www.institutoliberal.org.br/blog/capitalismo-e-liberdade-o-pensamento-milton-friedman/
O ilustre economista Milton Friedman (1912-2006),
ícone da Escola de Chicago, é uma das principais referências do liberalismo do
século XX, especialmente no campo econômico, em reação à prevalência de
políticas econômicas intervencionistas. É constantemente associado ao fantasma
socialista delirante do “neoliberalismo cruel, insensível, que só sabe defender
empresas e mata os pobres de fome”.
A leitura de sua obra Capitalismo e Liberdade,
uma das exposições mais abrangentes de seu pensamento, é um brilhante antídoto
contra espantalhos e deformações bastante comuns. Primeiro, refuta a leitura
simplista da esquerda a que se acaba de fazer referência; segundo, a visão de
alguns autodeclarados liberais sociais acerca dos “chicaguistas” como Friedman,
que, de certo modo, não difere muito do simplismo da visão esquerdista
tradicional; terceiro, e não menos importante, a visão arrogante de alguns
objetivistas e libertários, sem a menor legitimidade histórico-conceitual, de
que suas teses representam a única encarnação real do liberalismo – quando não
são nem as mais antigas, nem as predominantes.
Friedman é conhecido por inspirar reformas econômicas
no Chile e o ciclo de ascensão de políticas privatizantes entre os anos 80 e
90, de que fez parte o “reaganismo”, bem como participou da formação teórica de
diversos economistas brasileiros. Ele se juntou a lideranças como Friedrich
Hayek, representante da Escola Austríaca, na promoção comum de teses relativas
à liberdade econômica. Enxergou em Hayek, apesar das divergências existentes
entre eles e dos entendimentos distintos entre a Escola de Chicago e a Escola
Austríaca, um grande campeão da agenda liberal.
Associado pelos detratores à ditadura chilena de
Augusto Pinochet, em que trabalharam alguns de seus pupilos, os chamados
“Chicago Boys”, Friedman dizia que o Chile tinha um regime militar disposto a
trocar a organização da economia de um sistema centralizado por um sistema
descentralizado, o que, a seu ver, foi um autêntico milagre político. Conquanto
nunca tenha sido efetivamente conselheiro do governo chileno, Pinochet se dizia
feliz por tomar parte nos créditos pelo trabalho conduzido naquele país por seus
estudantes.
Entre as qualidades da economia de mercado, ele
ressaltou a seguinte em seu artigo Why Government Is
the Problem,
de 1993: “A grande virtude do livre mercado é que ele não liga para a
etnia das pessoas, ele não liga para de qual religião elas fazem parte, ele só
liga para se elas podem criar algo que você quer comprar. Esse é o sistema mais
eficiente que já descobrimos, que permite que pessoas que se odeiem negociem
para ajudar umas as outras”.
No livro Capitalismo e Liberdade, Milton
Friedman, por óbvio, se propôs a apresentar as vantagens do respeito às boas
práticas do capitalismo como promotor da liberdade e da prosperidade, superando
todas as alternativas apresentadas pelo socialismo. Contudo, ao contrário de
muitos outros autores liberais e libertários do século XX, ele tinha uma
postura bastante pragmática. Não se limitava a sustentar princípios teóricos,
mas os contrastava com realidades sociais e históricas – a seu ver, em
constante mutação. Sua abordagem cuidadosa e contextual dos diversos problemas
que analisou derivava de sua convicção de que, apesar de o liberalismo
sustentar princípios, estes precisam dialogar com realidades complexas e em
transformação, que podem obrigar a aplicações diferentes desses mesmos princípios.
O economista começou seu livro discutindo a ideia de
“pátria” e a relação que devemos ter para com ela. Ao contrário do que se
poderia pensar, Friedman admitiu que “o indivíduo tem orgulho de sua
herança comum e mantém lealdade a uma tradição comum”, não sendo falsa ou
desprezível a noção de pátria. Porém, para o defensor da liberdade, “a
pátria é o conjunto de indivíduos que a compõem, e não algo acima e além deles”.
O indivíduo não pode ser escravo de uma entidade superior, encastelada na
máquina estatal, a que deve servir, nem protegido ou tutelado, devendo
sobreviver em função dessa máquina – justificando tais descaminhos com o
pretexto do sentimento patriótico. Ao contrário, deve considerar “o
governo como um meio, um instrumento – nem um distribuidor de favores e doações
nem um senhor ou um deus para ser cegamente servido e idolatrado”.
A importância essencial do governo é garantir o
exercício da liberdade, mas ele, ao mesmo tempo, oferece o risco de limitá-la
pela concentração de poder. Por isso, Friedman defendia o princípio liberal da
subsidiariedade e a distribuição regrada do poder interno ao governo por meio
da descentralização, princípios que considerava ameaçados pela defesa de um
poder cada vez maior para organizações supranacionais. No entanto, a visão de
Estado de Friedman, diferente da visão de autores mais propriamente minarquistas,
que estabelecem limites absolutos e rígidos para as funções do Estado,
acompanhava sua percepção de que a realidade é mais complexa e pode promover
mutações nas áreas em que o poder político deva agir. O papel do Estado não
poderia, assim, ser totalmente estabelecido de uma vez por todas, em termos de
funções específicas, havendo alguma margem para variação. Eis como ele o
resumiu:
“O objetivo do governo deve ser limitado. Sua
principal função deve ser a de proteger nossa liberdade contra os inimigos
externos e contra nossos próprios compatriotas; preservar a lei e a ordem;
reforçar os contratos privados; promover mercados competitivos. Além desta
função principal, o governo pode, algumas vezes, nos levar a fazer em conjunto
o que seria mais difícil ou dispendioso fazer separadamente. Entretanto,
qualquer ação do governo nesse sentido representa um perigo. Nós não devemos
nem podemos evitar usar o governo nesse sentido, mas é preciso que exista uma
boa e clara quantidade de vantagens antes que o façamos. É contando
principalmente com a cooperação voluntária e a empresa privada, tanto nas
atividades econômicas quanto em outras, que podemos constituir o setor privado
em limite para o poder do governo e uma proteção efetiva à nossa liberdade de
palavra, de religião e de pensamento”.
O objetivo de Milton Friedman é remontar aos contornos
gerais do liberalismo clássico que surgiu entre o final do século XVIII e o
século XIX, enfatizando a liberdade e o individualismo. Ao contrário de Hayek,
ele era simpático à expressão “laissez-faire”, embora a empregasse
apenas como sinônimo de liberalismo econômico e não como uma visão mais
“purista” de ausência do Estado. Para ele, o liberalismo “apoiou
o laissez-faire internamente como uma forma de reduzir o papel
do Estado nos assuntos econômicos, ampliando assim o papel do indivíduo; e
apoiou o mercado livre no exterior como um modo de unir as nações do mundo
pacífica e democraticamente. No terreno político, apoiou o desenvolvimento do
governo representativo e das instituições parlamentares, a redução do poder
arbitrário do Estado e a proteção das liberdades civis dos indivíduos”.
O liberal de Chicago adotou como uma das teses
principais de seu livro a de que a liberdade econômica é condição indispensável
para a liberdade política; porém, ao contrário do que alguns críticos
precipitados alegam, em momento algum ele disse que é condição suficiente. Em
sentido oposto, admitia que é possível conciliar autoritarismo político e
liberdade econômica. Porém, a liberdade política não pode existir sem certo
nível de liberdade econômica, dissolvendo os direitos dos indivíduos de fazerem
uso de alguma soma de propriedades privadas.
Seu trabalho também fez uma ligeira crítica (sem
deixar de reconhecer seus enormes méritos) ao grande livro de Hayek, O
Caminho da Servidão, que funcionou como uma espécie de chamado à luta para
os defensores da liberdade em meados do século XX, porque, lidando com a ameaça
totalitária, Hayek teria sugerido o entendimento de que qualquer política
intervencionista levaria na direção desse desfecho. Na leitura de Friedman,
algumas políticas intervencionistas, sobretudo em países de cultura mais
democrática, simplesmente fracassam e são revertidas.
Outro aspecto muito peculiar da abordagem de Friedman
é sua ênfase à família. Apesar de ser um individualista, novamente ao contrário
do que certos críticos alegam, Friedman dialogou de forma indireta com os
chamados liberais “aristocráticos”, como Montesquieu e Tocqueville, no
reconhecimento do papel de instâncias coletivas, os corpos intermédios da
sociedade, na intermediação entre o indivíduo e o Estado – ao menos no caso da
família, que ele considerava uma unidade social básica. Apesar de o liberalismo
ser individualista, ele sabe, ao menos na visão de Friedman, que o indivíduo
não vive sozinho por natureza e que “enfrenta” o mundo em associações
geralmente inevitáveis. Na mesma linha, Milton Friedman restringiu a extensão
plena da liberdade aos cidadãos responsáveis; crianças e insanos não têm
liberdade, devendo o Estado exercer algum nível de ingerência sobre eles – bem
como as famílias, que, justamente por isso, existem como entidades próprias.
O economista também ressaltava que os regimes
capitalistas, quando convivem com a democracia, admitem a proposição de
alternativas socialistas, mas, em um país essencialmente socialista, nenhuma
divergência capitalista pode ser tolerada. Curiosamente, ele fez uma crítica ao
Macarthismo nos Estados Unidos, apontando como excesso a perseguição às
pessoas, em suas atividades profissionais, por terem adotado, no terreno da
opinião, a ilusão comunista.
O livro elogiava o mercado por não exigir uniformidade
e conformidade, bastando ao indivíduo que busque onde e com quem saciar seus
desejos e interesses; contudo, como existem questões que não podem ser
divididas dessa forma, o Estado se faz necessário. Também cabe, na visão de
Friedman, ao Estado o fornecimento da estrutura monetária do país – a Escola de
Chicago defende a manutenção de bancos centrais, enquanto certos austríacos,
como Hayek, chegam ao ponto de sustentar sua abolição.
Igualmente, ele admitia que o Estado se envolvesse em
atividades típicas do mercado em casos em que são muito caras ou praticamente
impossíveis, ressaltando-se situações de monopólios naturais e efeitos laterais
da atividade autônoma – a exemplo da poluição de um rio, que afetaria todos os
vizinhos. Também admitiu, para ilustrar sua visão contextual e pragmática, que
o Estado administrasse parques públicos em pequenas cidades, que se misturam ao
ambiente urbano, pela dificuldade de aplicar-lhes uma lógica de mercado, mas
não admitia como adequado que administrasse grandes parques nacionais, para os
quais se poderia facilmente fazer cobrança de ingressos.
Milton Friedman defendeu o câmbio flutuante, a
impossibilidade de regresso ao padrão-ouro e a introdução do sistema de vouchers na
educação – isto é, a concessão de recursos diretamente aos mais pobres para que
escolhessem as escolas em que matriculariam seus filhos, em vez da gestão
direta desse serviço por parte do Estado. Contudo, mesmo aí ele expôs seu
pragmatismo. Em primeiro lugar, não condenou completamente a escola estatal,
priorizando a existência da competição entre diferentes opções que os pais e
responsáveis pudessem escolher para as crianças. Reconheceu ainda que, no
passado americano, em pequenas comunidades e áreas rurais, o número de crianças
poderia ser ínfimo para justificar mais de uma escola de porte razoável, o que
inviabilizaria a competição, gerando um “monopólio técnico” – o que deixa
sempre três alternativas ruins, devendo-se escolher um entre três males: “monopólio
privado irrestrito, monopólio privado controlado pelo Estado e operação
pública”.
Friedman afirmou que esse argumento estava esvaziado
pelo desenvolvimento dos transportes e a urbanização, mas que, na época de que
se tratava, provavelmente ele era válido e sua proposta poderia não ser
aplicável. “Outro fator que pode ter sido importante há um século era a
combinação de desconfiança geral quanto ao fornecimento de verbas a indivíduos
com a ausência de uma eficiente organização administrativa para a distribuição
das verbas e a fiscalização de seu uso adequado. Uma organização desse tipo é
fenômeno dos tempos modernos, e desenvolveu-se a partir da ampla imposição de
impostos e de programas de assistência social. Na sua ausência, a administração
das escolas pode ter sido considerada como o único meio possível de financiar
educação”, ele especulou. Como se vê, Friedman fazia bem mais que
apresentar cartilhas ou teorias abstratas.
O economista afirmou que a sociedade democrática e
estável é impossível sem um grau mínimo de alfabetização e conhecimento dos
cidadãos, facultando a assimilação de um conjunto mínimo de valores. Sustentou
que o Estado não deve ser o agente de combate à discriminação através de
legislações específicas, posto que leis não extirpam valores como num passe de
mágica e o argumento arbitrário que as sustenta pode ser usado também em
sentido contrário, isto é, favorável à segregação.
Era simpático à existência de alguma legislação
antitruste como forma de promover a competição, criticava a ideia vaga de
“responsabilidade social” do capital e considerava perniciosa a maioria das
legislações de licenciamento profissional. Enxergava, sobretudo, o capitalismo
como um aniquilador de abismos sociais, aumentando a mobilidade dentro de uma
comunidade política.
No campo do combate à pobreza, Friedman, tal como
Hayek e muitos outros liberais anteriores e posteriores, sustentou a atuação do
Estado. Ele argumentou, por exemplo: “Pode-se levantar a observação de
que a caridade privada é insuficiente porque seus benefícios se estendem a
pessoas não envolvidas – mais uma vez, um efeito lateral. Fico angustiado com o
espetáculo da pobreza, e sou beneficiado com o alívio de tal situação. Mas sou
igualmente beneficiado, quer seja eu, quer seja outra pessoa que contribua para
tal alívio. Portanto, os benefícios da caridade de outras pessoas estendem-se a
mim. Colocando a questão de outra forma, nós todos estamos dispostos a
contribuir para minorar a pobreza, desde que todos os outros também contribuam.
Podemos não estar dispostos a contribuir com a mesma importância, se não
tivermos certeza disso. Em pequenas comunidades, a pressão pública pode ser
suficiente para estabelecer tal garantia, mesmo no caso da caridade privada.
Nas grandes comunidades impessoais, que estão cada vez mais dominando nossa
sociedade, é muito mais difícil fazer isso. Suponha que alguém aceite, como
eu aceito, esta linha de raciocínio como capaz de justificar a ação
governamental para aliviar a miséria e colocar, como é a intenção, um andar a
mais no padrão de vida de cada pessoa da comunidade. Ainda permanecem as
questões: quanto e como”. A preferência de Friedman era pela adoção do
imposto de renda negativo, através do qual pessoas em situação financeira
realmente precária poderiam receber pagamentos suplementares em vez de pagar
impostos.
Gostaria de concluir com a definição de “interesse”
exposta pelo autor: “Os interesses de que falo não são simplesmente
estreitos e acanhados interesses próprios. Ao contrário, eles incluem todo o
conjunto de valores caros aos homens e pelos quais estão dispostos a gastar
suas fortunas e sacrificar suas vidas. Os alemães que perderam suas vidas
lutando contra Adolf Hitler estavam lutando pelos seus interesses. E estão
também lutando por seus interesses os homens e mulheres que se dedicam a
atividades religiosas, educacionais e filantrópicas. Naturalmente tais
interesses são os principais para poucos homens. É uma das virtudes da
sociedade livre permitir a tais interesses que se desenvolvam, em vez de
subordiná-los aos estreitos interesses materialistas da maioria da humanidade.
É por isso que as sociedades capitalistas são menos materialistas do que as
coletivistas. Por que, então, somos sós, que somos contra o estabelecimento de
novos programas governamentais e tentamos reduzir a já demasiada ingerência do
governo, que temos de nos justificar?”.
Capitalismo e Liberdade é, sem sombra de dúvidas, uma obra muito digna
de ser indicada tanto a liberais quanto não liberais. O livro será extremamente
útil para todos aqueles que estiverem dispostos a abandonar as ilusões e as
reduções falsas com que somos incessantemente torpedeados – e de todos os
lados.
*Artigo publicado originalmente no dia 25 de outubro
de 2021 no site do Instituto Liberal.
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